Poesias de Mario Anacleto Ruchel





 EU VOU CUIDAR DE VOCÊ

 

                                                                               (Mario Anacleto Ruchel)

 

 

Eu vou cuidar de você

quando a Primavera enfeitar teu sorriso.

 

Eu vou cuidar de você

quando o verão começar a secar o doce de sua boca.

 

Eu vou cuidar de você

Quando o outono matizar seus cabelos.

 

Também vou cuidar de você

Quando o inverno esfriar seu sangue, gelar suas mãos e maltratar teu belo corpo.

 

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                                                         VOZES DA PRIMAVERA

 

                                                                       (Mario Anacleto Ruchel)

 

De repente vozes acordam a mente do poeta

E ele, com muitas letras, as liberta.

Diferente das flores ao fim da Primavera,

ao invés da Morte,

o poeta lhes dá a Eternidade certa.
 
 
 
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( "EU VOU CUIDAR DE VOCÊ" e "VOZES DA PRIMAVERA
de autoria de Mario Anacleto Ruchel -- poesias inéditas -- estão selecionadas
para publicação em "Poesia no ônibus" e farão parte do Livro dos Escritores Edição 2013.)


 
 
 
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Amassamento




                                   (Mario Anacleto Ruchel)


 

Minha prenda, se tu não me amasses.

Acho que assim mesmo eu te amaria.

Isso eu disse entre cem amassos.

Nos braços fortes da linda guria.

 

Por que te amo. Por isso te amasso

Te amasso à noite e te amo de dia.

Não me amassa se tu não me amas

Sei que me amas por isso me amassas.

 

Neste amasso de arrebatamento

Te amacio entre os meus braços

E também te amo entre amassamentos

 

E tu me amassas sem constrangimento.

Me ame e me amasse minha prenda linda

Que o resto eu faço neste meu abraço.

Te abraço e te amasso a qualquer momento.
 
 
 
 
 
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O RIO  O TEMPO E EU
 
                                   (Mario Anacleto Ruchel)
 
Quisera eu ser como o rio pois ele não vê o tempo passar. Na verdade o rio nem se preocupa com o tempo. Pra ele nada conta. Só soma. Soma água, soma vento,  soma frio,  soma chuva. Soma até lagrimas.
Sempre leva vantagem. Não tem idade.
Ou alguém já viu calcularem a idade do rio como se calcula a idade das pedras, dos fósseis, das árvores, dos homens???
Calculam a força, a vazão, o potencial hidroenergético, o caudal, a profundidade. Até o grau de poluição.
E o rio não morre.
Morrem os peixes, os sonhos,  os homens e ele...nada! Até nadam nele.
E o tempo? Tem idade.
E eu? Tenho idade.
E o rio? Vai passando. Mansinho. Às vezes nervoso. Nem me olha.
E eu? Olhando. Às vezes nervoso. Às vezes calminho. E olho o rio e me vejo. O tempo passando. Eu, passando. Me contam a idade. E somam  minha idade. E somam-se amores, e, somam-se dores. Meu rio passando. Nunca se diz o rio chegando. Minha idade chegando. Isso dizem. Isso penso.
O rio me lava a alma e leva meus sonhos e conta meu tempo.
E soma minhas lagrimas. De saudade, de alegrias, de tristeza. E soma a sua água e soma meu tempo.
E o rio?
Não me olha, não tem tempo, não tem idade, nem tem saudade e leva meus sonhos e soma minhas lagrimas.
 
 
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